Leitura e Práticas em Letramento
Olá, nós somos do agrupamento III-D, Turma da Borboleta, professora Érica, período da manhã. Esta é nossa primeira postagem e vamos falar um pouco da importância da leitura e práticas em Letramento na Educação Infantil.
A criança tem no espaço educativo do CEI "João Vialta" o brincar, o ouvir e o contar histórias como
meios que lhe permitem ressignificar o seu lugar na família e no mundo.
Brincar, ouvir e contar histórias não representam apenas um tempo e um espaço
prazeroso para a criança, mas também uma abertura para que certas verdades
sejam ditas. Lichtenstein Corso & Corso (2006) afirmam que:
Frequentar
as histórias imaginadas por outros, seja escutando lendo, assistindo a filmes
ou a televisão ou indo ao teatro, ajuda a pensar a nossa existência sob pontos
de vistas diferentes. Habitar essas vidas de fantasias é uma forma de refletir
sobre destinos possíveis e cotejá-los com o nosso. Às vezes, uma história ilustra
temores de que padecemos, outras, encarna ideais ou desejos que nutrimos, em
certas ocasiões ilumina cantos obscuros do nosso ser. O certo é que escolhemos
aqueles enredos que nos falam de perto, mas não necessariamente de forma
direta, pode ser uma identificação tangencial, enviesada.
A paixão
pela fantasia começa muito cedo, não existe infância sem ela, a fantasia se
alimenta da ficção, portanto, não existe infância sem ficção. (CORSO & CORSO, 2006, p. 21)
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a Educação Infantil: ao retomarmos questões "se alfabetiza ou não na Educação Infantil", "se prepara ou não para o Ensino Fundamental", a temática letramento provoca discussões e é entendido como constitutivo de uma educação intencional ao experienciar a função social da escrita. As relações com as crianças pequenas compõem uma dinâmica interativa com a cultura letrada, vivenciada intensamente e presente nas situações do cotidiano através da contação de histórias, literatura, receitas, notícias, poesias, textos produzidos individual ou coletivamente com as crianças, comunicação entre a unidade educacional e a família, a identificação dos objetos pessoais das crianças, atestados médicos, as formas de expressão artística, o registro diário do cardápio na lousa, etc.
Ah! Como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias... Escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo...
Levando em consideração Abramovich, "o ouvir e o contar histórias proporcionam momentos de prazer, de divertimento, é encantamento, maravilhamento, sedução... O livro da criança que ainda não lê é a história contada. E ela é (ou pode ser) ampliadora de referenciais, emoção deflagrada, suspense a ser resolvido, torcida desenfreada, saudades sentidas, lembranças ressuscitadas, caminhos novos apontados, sorriso gargalhado, belezuras desfrutadas..."
Referências Bibliográficas:
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: gostosuras e bobices. São Paulo:Scipione, 1997.
CAMPINAS.
Diretrizes Curriculares da Educação
Básica para a Educação Infantil. Secretaria Municipal de Educação.
Campinas, 2013.
LICHTENSTEIN
CORSO, D. & CORSO, M. Fadas no divã
– psicanálise nas histórias infantis. Porto Alegre, RS: Artmed, 2006.
Até a próxima postagem!
Prof. Érica
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