Olá!
Você
já imaginou um jogo que ninguém perde, todos ganham? Pois a “Turma
da Borboletinha” sabe bem o que é isso. JOGOS COOPERATIVOS.
São
jogos em grupo com objetivos bem mais importantes que o simples
vencer. Vencer, sim. Mas vencer sozinho não tem graça, não tem
sentido. Bom é que todos vençam! Promovem a cooperação entre as
pessoas, a consideração do outro como parceiro e não adversário,
a capacidade de se colocar no lugar do outro, a aceitação dos
outros elementos do grupo como eles são aproveitando o que eles tem
de melhor para oferecer em prol do bem comum: concluir o jogo
seguindo suas regras. São feitos para unir e libertar de
preconceitos. DESESTIMULAR A COMPETIÇÃO ENTRE INDIVÍDUOS.
Na era
capitalista em que vivemos atualmente, onde percebemos que o “ter”
é mais importante que o “ser”, aprender a trabalhar em grupo em
busca de um objetivo valorizando a participação de todos e
almejando, sinceramente, que TODOS se beneficiem é imperativo e
urgente! Trabalhar tal conceito de forma lúdica desde a mais tenra
idade é uma das formas de tentarmos reverter a atual condição da
sociedade que caminha desenfreadamente para um futuro que só
valoriza os fortes.
Atendendo
essa necessidade, as crianças da “Turma da Borboletinha” já
tiveram a oportunidade de vivenciar vários momentos em que
COMPARTILHAM VITÓRIAS brincando. “A canoa virou” (Ao redor de um
tecido, as crianças se ajudam de modo que a bola colocada sobre ele
não caia no chão enquanto rola pelo tecido que é movimentado ao
som da música, além de terem a missão de “salvar” o amigo que
“foi pro fundo do mar” – de baixo do tecido.), “Dança das
cadeiras” (Como na brincadeira tradicional, as cadeiras são
retiradas uma por uma. Os participantes, porém permanecem e devem
ajudar os companheiros de modo que nenhum fique desgrudado do
grupo.), “Teia da aranha” (Um “Pega-pega” diferente. As
crianças pegas - de mãos dadas - se ajudam para pegar outras
crianças e, assim, formar a teia.), “Escultura” (Cada criança
recebe uma peça de jogo de encaixe e, do modo que achar melhor,
junta sua peça com as dos outros colegas para formar uma
interessante obra de arte.), “Trabalho de formiguinha” (Uma
bolinha deve conseguir chegar até um determinado destino – um
balde, pó exemplo. Para isso, as crianças devem construir um
caminho que pode ser de tubos recicláveis, lançando mão de várias
estratégias unindo esforços para não deixar a bolinha cair no meio
do caminho.)e “Protegendo o rabinho” (As crianças recebem tiras
de papel representando um “rabinho” que deverá ser protegido.).
Nessa
última brincadeira, o resultado foi surpreendente. Eu disse às
crianças que ganhava o jogo quem chegasse até o final sem perder o
“rabinho”. Deixei subentendido, de várias maneiras, que o
“rabinho” de uma criança poderia ser retirado por outra criança,
mas sem dizer explicitamente. Para minha surpresa, nenhuma criança
tentou tirar o “rabinho” de outra a fim de ser o único com o seu
no final do jogo. Todos se preocuparam em proteger o próprio
“rabinho” sem prejudicar os colegas. Que alegria quando
constataram que ninguém perdeu a brincadeira! Fiquei arrepiada! Essa
experiência só serviu para reforçar que as crianças devem
aprender a COMPARTILHAR desde cedo e que, assim, podemos ter a
esperança de um futuro mais justo.
Espero
que tenham gostado. Até a próxima!
Profª Silvana
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