O OUVIR E O CONTAR HISTÓRIAS
Esta prática, que inclui a relação da
criança com a linguagem, é oportunizada no cotidiano da Unidade Educacional.
Na organização dos tempos e espaços
na Educação Infantil, a linguagem oral e a linguagem escrita não devem ser vistas
como uma habilidade a ser adquirida ou uma competência individual a ser
desenvolvida, e sim como algo que é próprio ao sujeito e à sua vida na
sociedade e na cultura.
Falar e escutar, desenhar, ler e
escrever, ouvir e contar histórias, brincar e cantar são maneiras de a criança
circular no universo simbólico que a acolhe desde que ela vem ao mundo.
A criança, por sua vez, tem no espaço
educativo o ouvir e contar histórias como meios que lhe permitem ressignificar
o seu lugar na família e no mundo. Toda gama de ameaças, perigos, aventuras,
fantasias e devaneios que povoam o universo infantil apresentam-se como
inesgotável potencial (re)criativo aberto pelas/nas narrativas. Lichtenstein
Corso & Corso afirmam que:
Frequentar as histórias imaginadas por outros, seja escutando, lendo, assistindo a filmes ou a televisão ou ainda indo ao teatro, ajuda a pensar a nossa existência sob pontos de vistas diferentes. Habitar essas vidas de fantasias é uma forma de refletir sobre destinos possíveis e cotejá-los com o nosso. Às vezes, uma história ilustra temores de que padecemos, outras, encarna ideais obscuros do nosso ser. O certo é que escolhemos aqueles enredos que nos falam de perto, mas não necessariamente de forma direta, pode ser uma identificação tangencial, enviesada. A paixão pela fantasia começa muito cedo, não existe infância sem ela, e a fantasia se alimenta da ficção, portanto, não existe infância sem ficção. (L. Corso & Corso, 2006, p. 21)
Dessa forma, a prática pedagógica é
permeada pelo “ouvir e contar histórias” pelas próprias crianças.
O vídeo abaixo foi feito com a Turma das
Crianças, vamos apreciá-lo?
Até a próxima postagem!
Professora Érica e Turma das Crianças.
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