quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Turma do Jacaré - AGIII D

“CORTINA DAS SENSAÇÕES E IMPRESSÕES”
Aproveitando as ideias da artista Yayoi Kusama e pensando na intervenção dos espaços, a Turma do Jacaré confeccionou uma cortina com círculos de diferentes proporções, imagens de revistas/jornais, desenhos e fotos das próprias crianças.
Cada criança ou adulto que se aproximou da cortina sentiu a necessidade de utilizar alguns sentidos, como a visão e o tato...
E as narrativas/textos surgiram diante das imagens... a partir da fala de cada um.
“Ficção e relato de experiências vividas são gêneros diferentes, mas nos primeiros anos de vida, é comum que se combinem nas narrativas infantis, como aponta a linguista Maria Cecília Perroni. Segundo Perroni, esse recurso não deve ser entendido como um problema de falta de clareza entre o real e o imaginado. Ao contrário: é preciso encará-lo como um dos elementos mais importantes para o desenvolvimento cognitivo e afetivo dos pequenos. O que se testemunha nesse tipo de construção é justamente o nascimento do discurso narrativo - uma das principais estruturas de expressão de qualquer pessoa e uma essencial troca comunicativa. Esse processo - que se estende até a idade adulta - começa antes mesmo de a criança conseguir falar. Nesse período, ela já é capaz de entender as histórias contadas pelos adultos e o contato com relatos cotidianos ou contos de fadas, por exemplo, faz com que, aos poucos, adquira um repertório de imagens, nomes e roteiros de ações que utilizará mais tarde. Também a compreensão dos usos e do funcionamento da linguagem tem início nessa fase, com o adulto como modelo da forma de se comunicar e como voz da cultura em que está inserida. Assim, quando conquista condições fisiológicas de falar e passa a descrever com palavras um encadeamento de ações que se desenrolam no tempo - uma possível definição de narrativa -, ela acessa todos esses diferentes repertórios acumulados desde os primeiros meses de vida.”

Algumas narrativas foram registradas para serem compartilhadas neste espaço:
Nossa cozinheira, Paulina, ao ver a imagem do tigre na cortina, fotografado no último passeio ao Parque Ecológico de Americana, relatou mais ou menos assim: “(...) Depois que a turma da professora Gleice distanciou-se um pouco da jaula do tigre, eu quis verificar se o animal esboçaria alguma reação... imitei-o (como faz um tigre) e a resposta do tigre foi imediata!”
Stênio: “olha eu aqui na frente da Casa do Faz de Conta.”
Hillary: “O tigre é listrado, gosta de carne. Gostei muito do pavão.”
Camilly: “A girafa muda de cor?”
Nathália Scarelli: “A girafa morde?”
Vejam nossa cortina feita com formas geométricas (círculos, retângulos) e materiais variados (papel cartão, CD’s reaproveitados, figuras de jornais/revistas, desenhos com cola colorida e fotos com as crianças)...



Professora Érica.

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