terça-feira, 17 de maio de 2016

Turma da Borboletinha - AGIII -H

Olá!
Você já imaginou um jogo que ninguém perde, todos ganham? Pois a “Turma da Borboletinha” sabe bem o que é isso. JOGOS COOPERATIVOS.
São jogos em grupo com objetivos bem mais importantes que o simples vencer. Vencer, sim. Mas vencer sozinho não tem graça, não tem sentido. Bom é que todos vençam! Promovem a cooperação entre as pessoas, a consideração do outro como parceiro e não adversário, a capacidade de se colocar no lugar do outro, a aceitação dos outros elementos do grupo como eles são aproveitando o que eles tem de melhor para oferecer em prol do bem comum: concluir o jogo seguindo suas regras. São feitos para unir e libertar de preconceitos. DESESTIMULAR A COMPETIÇÃO ENTRE INDIVÍDUOS.
Na era capitalista em que vivemos atualmente, onde percebemos que o “ter” é mais importante que o “ser”, aprender a trabalhar em grupo em busca de um objetivo valorizando a participação de todos e almejando, sinceramente, que TODOS se beneficiem é imperativo e urgente! Trabalhar tal conceito de forma lúdica desde a mais tenra idade é uma das formas de tentarmos reverter a atual condição da sociedade que caminha desenfreadamente para um futuro que só valoriza os fortes.
Atendendo essa necessidade, as crianças da “Turma da Borboletinha” já tiveram a oportunidade de vivenciar vários momentos em que COMPARTILHAM VITÓRIAS brincando. “A canoa virou” (Ao redor de um tecido, as crianças se ajudam de modo que a bola colocada sobre ele não caia no chão enquanto rola pelo tecido que é movimentado ao som da música, além de terem a missão de “salvar” o amigo que “foi pro fundo do mar” – de baixo do tecido.), “Dança das cadeiras” (Como na brincadeira tradicional, as cadeiras são retiradas uma por uma. Os participantes, porém permanecem e devem ajudar os companheiros de modo que nenhum fique desgrudado do grupo.), “Teia da aranha” (Um “Pega-pega” diferente. As crianças pegas - de mãos dadas - se ajudam para pegar outras crianças e, assim, formar a teia.), “Escultura” (Cada criança recebe uma peça de jogo de encaixe e, do modo que achar melhor, junta sua peça com as dos outros colegas para formar uma interessante obra de arte.), “Trabalho de formiguinha” (Uma bolinha deve conseguir chegar até um determinado destino – um balde, pó exemplo. Para isso, as crianças devem construir um caminho que pode ser de tubos recicláveis, lançando mão de várias estratégias unindo esforços para não deixar a bolinha cair no meio do caminho.)e “Protegendo o rabinho” (As crianças recebem tiras de papel representando um “rabinho” que deverá ser protegido.).
Nessa última brincadeira, o resultado foi surpreendente. Eu disse às crianças que ganhava o jogo quem chegasse até o final sem perder o “rabinho”. Deixei subentendido, de várias maneiras, que o “rabinho” de uma criança poderia ser retirado por outra criança, mas sem dizer explicitamente. Para minha surpresa, nenhuma criança tentou tirar o “rabinho” de outra a fim de ser o único com o seu no final do jogo. Todos se preocuparam em proteger o próprio “rabinho” sem prejudicar os colegas. Que alegria quando constataram que ninguém perdeu a brincadeira! Fiquei arrepiada! Essa experiência só serviu para reforçar que as crianças devem aprender a COMPARTILHAR desde cedo e que, assim, podemos ter a esperança de um futuro mais justo.




Espero que tenham gostado. Até a próxima!
Profª Silvana


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