segunda-feira, 2 de maio de 2022

Boneco Oriental

 Projeto Bonecos Étnicos - Boneco Oriental

Olá familiares e crianças.

Maravilhoso podermos compartilhar algumas vivências convosco.

Há anos o CEI “João Vialta” desenvolve o  Projeto “Bonecos Étnicos” que tem como objetivo principal conhecer e valorizar contribuições culturais das etnias (Negra, Indígena e Oriental).

Cada agrupamento tem bonecos destas etnias para que as crianças apreciem as características e conhecem riquezas culturais. Neste início de ano, devido à pandemia, desenvolveremos vivências com as crianças na unidade para que aos poucos percebam que muitos gostos, hábitos, saberes e cultura que temos, herdamos das etnias que contribuíram na nossa formação.

As crianças do Agrupamento III A, agora também intitulada “Turma do Arco-Íris” conheceu os bonecos e aprofundou um pouco mais do oriental. Observaram características, apreciaram imagens de pessoas orientais. Quando veem uma pessoa com traços orientais, compartilham acrescentando impressões e novidades.

As crianças observaram no globo terrestre a localização do Japão e do Brasil; descobriram que quando é noite no Brasil, no Japão é dia, isso acontece pelo fato de o Brasil e Japão estarem localizados em regiões opostas. Nesse sentido, como temos apenas uma fonte de energia primária: o Sol, seria impossível iluminar Brasil e Japão ao mesmo tempo. 

As crianças experienciaram o hábito oriental de comer com hashi, diferentemente da cultura brasileira que utiliza talheres (garfo, colher e faca). Foi uma experiência que as crianças gostaram bastante, por isso sempre que possível, o hashi está presente à mesa do canto da casa do faz de conta.

As crianças assistiram a vídeos ensinando como segurar e comer com o hashi.

Além desta vivência, as crianças conheceram outro hábito dos orientais, o de não adentrar dentro do lar com calçado que utilizou para ir às compras, escola, hospitais, enfim, circular em espaços externos. Ao chegar, deixam o calçado no genkan (varanda, garagem para nós), segundo eles, é uma fronteira entre o mundo e a casa, que é vista como um lugar sagrado. 

Segundo a cultura oriental, eles agem assim por dois motivos: O primeiro – e mais óbvio – é a questão da higiene; o segundo, é algo particular da cultura oriental – os japoneses acreditam que, ao impedirem que os sapatos entrem em casa, eles estão evitando que energias impuras da rua quebrem a harmonia do lar.

A partir deste hábito, as crianças ouviram o conto Inca “As Sandálias mágicas” de Martin Moratilho, ficamos inspirados pela história e resolvemos contornar o calçado, pintar, enrolar tiras de papel crepom para confeccionar surippa (chinelo em japonês) que estão expostas no pátio da unidade para que toda comunidade escolar conheça um pouquinho desta etnia e aprecie as vivências que a turma do Arco-Íris tem realizado. Enquanto contornavam os calçados, exploramos a numeração do calçado de cada criança, brincando com a linguagem matemática. Depois que as surippas ficaram prontas, foi possível às crianças observarem quais as maiores e menores numerações. As crianças estão ansiosas para levarem suas surippas para casa.

Ainda sobre a etnia oriental, as crianças conheceram e brincaram de “Pedra, Papel, Tesoura”, bastante conhecida por todos nós, em nossa língua e na oriental "Jon, Ken, Pon” e agora que as crianças conhecem os movimentos e regras da brincadeira, quando há uma possibilidade, lá estão eles se divertindo com o movimento das mãos.

Espero que apreciem as vivências que carinhosamente compartilhamos; sugiro brincar com sua criança de comer com hashi, brincar de Jon, Ken, Pon e quem sabe adotar o hábito de organizar calçado na área de seu lar.

Um grande abraço e até a próxima postagem.

2 comentários:

  1. Parabéns Professora Susete! trabalho maravilhoso!

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  2. Concordo com os orientais, e ensino as minhas filhas a tirar o sapato da rua e calçar outro chinelo limpo dentro d casa, no sapato vem toda sujeira da rua,vírus bactérias. A Maria Eduarda já sabe n precisa nem lembrar .

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